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Cronologia do Centro de Pesquisa Clínica

Alinhar a pesquisa clínica ao desenvolvimento de novos tratamentos e mais oportunidades tecnológicas para as doenças e condições incapacitantes. A prestação de cuidados é a base do Núcleo de Estudos Avançados em Reabilitação - Núcleo de Apoio à Pesquisa da Universidade de São Paulo (NAP-NEAR). Criado em 2011 e renovado em 2018, o NAP-NEAR reúne diferentes disciplinas em torno de modernas e sofisticadas estratégias para a avaliação funcional e o estudo do controle motor.

Desde então, os estudos contribuíram para a evolução e ampliação do campo de pesquisa em áreas relacionadas aos mecanismos das lesões e funções cerebrais, permitindo uma melhor compreensão dos desfechos funcionais. Com o apoio da FAPESP, foram ampliadas as pesquisas com foco no déficit inibitório relacionado à neuroplasticidade e à reabilitação em lesões encefálicas que resultam em déficits do controle motor (projeto DEFINE Cohort).

O projeto Define Cohort, dentro da modalidade SPEC - São Paulo Excellence Chair, desenvolvido em colaboração com o Prof. Felipe Fregni (Harvard Medical School), abre novas fronteiras do conhecimento científico. Grandes quantidades de dados estão sendo produzidas, mas faltava a integração em um quadro coerente com o comando cerebral para garantir a infraestrutura de uma análise combinatória, preferencialmente em tempo real, integrando os múltiplos dados e informações sobre funcionalidade.

Inteligência Artificial

A proposta atual é desenvolver modelos multiníveis coerentes, testá-los em simulação e alimentar os resultados de volta à pesquisa empírica em uma plataforma colaborativa. Para esta finalidade, desde 2018, o Centro de Pesquisa Clínica passou a contar com um High Performance Computer - NVIDIA DGX-1 com 8xTesla V100, 512 GB RAM, 256 GB GPU Memória 4x1.92 TB SSD RAID 0 STORAGE, permitindo que estas inferências sejam testadas.

Com um projeto na interface entre neurociência, medicina e computação, alcançaremos a infraestrutura tecnológica para lidar com a complexidade do comando cerebral em relação a funcionalidade dos sistemas e órgãos do corpo humano e vincular dados em diferentes escalas de organização para entender os mecanismos regulatórios das redes neurais e identificar e entender marcadores cerebrais que nos permitam antecipar e predizer afeções e respostas a intervenções terapêuticas.

O Centro de Pesquisa Clínica funciona na sede do IMREA HCFMUSP, unidade Vila Mariana (SP), e conta com o apoio da FAPESP e CNPQ.

O início

O Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, IMREA HCMUSP, foi inaugurado em 1975. Inicialmente denominado Divisão de Reabilitação Profissional de Vergueiro e, posteriormente, Divisão de Medicina de Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - DMR HCFMUSP, teve sua atual estrutura instituída pelo Decreto nº 53.979/2009, quando foi elevado à categoria de Instituto do Hospital das Clínicas. Atualmente, o IMREA é parte da Rede de Reabilitação Lucy Montoro e é constituído por cinco unidades: Vila Mariana, Umarizal, Lapa, Clínicas e Morumbi.

Em 1992, o Instituto colocou em funcionamento o primeiro Laboratório de Análise Tridimensional do Movimento, tendência que seria reforçada em 2006, na inauguração do primeiro Laboratório de Estudos para Adaptação Postural em Cadeira de Rodas do Brasil.

Em 2010, ao inaugurar o Centro de Pesquisa Clínica, o IMREA passou a contar com avançados recursos tecnológicos para tratamento e diagnóstico, incluindo equipamentos de última geração para o desenvolvimento das potencialidades físicas dos pacientes. Investiu em novas tecnologias de robótica e reabilitação e montou o mais moderno Laboratório de Robótica do Brasil.

O Laboratório de Robótica trabalha membros superiores e inferiores por meio de jogos virtuais: o InMotion auxilia o paciente a realizar movimentos de ombro, cotovelo e punho; o Lokomat é indicado para pessoas com incapacidade no aparelho locomotor; a Ergys permite que pessoas com pouco ou nenhum movimento nas pernas possam pedalar; e o Armeo Spring é para pacientes com traumatismo crânio-encefálico ou outras afecções do sistema nervoso. Todos os robôs promovem movimentos das áreas afetadas e melhoram a plasticidade cerebral, provocando uma adaptação do cérebro à lesão que houve no corpo.

Mais recentemente, foi incorporado ao leque de recursos tecnológicos, o Vivax, sistema de robótica que possibilita movimentos tridimensionais mais realistas dos membros superiores, até então não alcançados por nenhuma outra tecnologia. A novidade é 100% nacional e entre suas vantagens está sua portabilidade – o aparelho pesa 15 quilos, cerca de 7 vezes mais leve do que os equipamentos disponíveis no mercado – favorecendo o tratamento domiciliar. Além de mais leve e mais barato, o sistema oferece, por meio de recursos de gameficados, maior feedback auditivo e visual ao paciente vítima de AVC, paralisia cerebral, lesão encefálica, lesão medular, traumatismo craniano e doenças degenerativas.

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